Quando
era criança, no início dos anos 1990, um tio por parte materna mostrou-me sua
coleção de fitas VHS. Ele era um amante das grandes aventuras, tinha algumas
HQs de heróis um tanto inusitados; o Zorro de capa e espada, o Ranger
Solitário, O Fantasma e muitos que envolviam aventuras em locais exóticos do
planeta.
Na
mesma época, meu padrinho e vizinho lá na rua onde cresci, certa vez trouxe da
locadora a fita dos Caçadores da Arca Perdida e assistimos eletrizados ao filme
que já era um clássico até então (lançado em 1981). A partir daí, tornei-me fã
do personagem Indiana Jones, este, que foi criado para homenagear os filmes das
matinês que o meu tio assistia na sua juventude, George Lucas e Steven
Spielberg fundiram na antiga trilogia (hoje são 5 filmes) os heróis de filmes
como “O Segredo dos Incas” com Charlton Heston, “O Horizonte Perdido”, “Gunga
Din”, “O Tesouro de Sierra Madre” e tantos outros que fizeram a infância
alimentando a imaginação da geração que cresceu nos anos 1950 e 1960.
Eu
mesmo andava para cima e para baixo com um chapéu e um chicote, sonhando em
viver histórias fantásticas e ser um arqueólogo. Desde cedo, tinha uma
propensão à literatura, li grandes épicos como “As Minas do Rei Salomão”, “A
Ilha do Tesouro” e as histórias de Júlio Verne, bem como a grande coleção
Vagalume, sobretudo os títulos de Francisco Marins. Aos 10 anos de idade eu
escrevi meu primeiro livro, “O Vale do Ingaí”, contava a jornada de um grupo de
garotos (baseado na minha turma de amigos lá do bairro ainda descampado e de
estrada de terra em que morava) que partiam em busca do tesouro escondido por
um escravo em um vale perdido na selva.
Bem,
entre 2018 e 2022, resolvi, já com a escrita madura e adentrado à idade adulta,
escrever uma série de aventuras inspirado nesse passado alimentado pelas grandes
façanhas do Cinema. Pensei que deveríamos ter um herói genuinamente brasileiro,
assim, criei Donoso Bueno, um caboclo, descendente de bandeirantes e pioneiros.
Ele próprio é um amálgama de todos esses heróis da literatura, no Dobrão do
Velho Amâncio, eu reescrevi aquela história de quando era criança com o olhar
da experiência e técnica da escrita tendo já publicado contos e ensaios ao
longo de duas décadas. O primeiro número chegou a ser publicado nos Estados
Unidos pela editora Underline Publishing. Logo após, resolvi fazer mais duas continuações,
criando eu próprio uma trilogia lúdica, que mais parece estar assistindo a um
filme de aventuras ao folhear suas páginas.
Os
livros foram lançados independentes através de meu próprio selo “Celtiberos
Edições”. Ceguei a imprimir uma tiragem, mas aqui deixo os títulos para download,
assim tornando-os acessíveis a todos os amantes das grandes histórias.
Para download dos livros,
é só clicar na imagem das capas:
1 - O Dobrão do Velho Amâncio
Sinopse da capa:
O
que faz um jovem parnaibano cujas origens remontam os tempos do bandeirismo,
imerso na Revolução Tenentista de 1924? O que leva homens distintos a uma
corrida por um ouro perdido no quilombo do Cururuquara? – Local engolido pela
selva densa que somente poucos conseguiram chegar, mas nunca ninguém voltou
para contar. Essas e outras compõem o cenário criado pelo autor David Vega,
cuja infância se deu nas montanhas verdes do planalto envolto à cidade de São
Paulo de Piratininga, nas terras de Suzanna Dias e do Anhanguera, levando o
leitor a uma aventura que revive as novelas clássicas de caça ao tesouro e
piratas, onde este último pode ser substituído por capangas e fantasmas de
bandeirantes.
O
dobrão que tem o escudo do império faz o personagem, pela ótica do leitor,
munido de uma pele de bode com um mapa desenhado, percorrer lugares reais e
vivenciar episódios verídicos da História, com personagens que realmente
existiram, deixando nesta obra a intersecção do entretenimento e do estudo do
passado, escrita por um sociólogo de formação, mas antes de tudo, amante das
grandes aventuras.
Entre
nesta jornada emocionante e viva a cada parágrafo os perigos, traições e
obstáculos que todo líder supera, na pele de Donoso Bueno, um jovem mameluco,
filho de nossa terra, um herói nacional, que insere o Brasil no campo mundial
das histórias fantásticas.
A
leitura da série de aventuras de Donoso Bueno é como assistir aos filmes das
antigas matinês que inspiraram os jovens de várias gerações. Esta é uma
homenagem às incríveis façanhas da literatura e do cinema.
Orelha:
Enquanto
escrevia este romance, uma pergunta me assombrava: “Ainda existem livros de
aventura?” – o estilo em questão, quase extinto da literatura mundial, deu
lugar aos ensaios jornalísticos, políticos e de autoajuda que levam pouco mais
de um parágrafo sucinto para descrever friamente algum acontecimento.
Hoje
parece cada vez mais difícil construir algo que fuja dos fragmentos, uma
história com progressão, desdobramentos, desfecho e um enredo que faça sentido
a cada elemento apresentado durante a epopeia.
Os
locais e eventos mencionados nesta obra são reais, misturando, em sua
modelagem, a ficção e os fatos históricos de alguém que transita entre ambas; a
imaginação fértil de um jovem que mesmo atado ao mundo concreto, vê personagens
em cada brecha que a vida apresenta. A realidade é mais inverossímil que a ficção!
Sendo
assim, resolvi criar um herói (ou anti-herói em alguns dos casos) que atravessa
os tempos com a sede pelo oculto, a trajetória que envolve bandidos, tesouros e
belas guerreiras, compondo o cenário ideal de um tempo passado não tão
distante.
Aprender
História através metáfora faz o processo investigativo muito mais lúdico.
Acompanhe esta aventura iniciada desde as entranhas do Império Brasileiro e a
escravidão à Revolução de 1924 e os levantes tenentistas; com traições,
combates e muita emoção, resgatando as grandes façanhas que marcaram gerações.
O
primeiro número da trilogia também será lançado nos Estados Unidos, pela
editora Underline Publishing, e comercializado no Canadá e Europa. Aqui no
Brasil, os três serão publicados através do meu selo editorial pessoal
Celtiberos Edições.
2 - Donoso Bueno e a Dama de Elche
Sinopse da capa:
O
que faz Donoso Bueno em plena Espanha durante a Guerra Civil de 1936? Após
partir para a península em busca de sua esposa Sônia, engajada em uma milícia
de mulheres anarquistas, o nosso herói caboclo se vê em uma corrida contra os
fascistas para desvendar o mistério da Dama de Elche; um busto encontrado em
1897 e jamais decifrado. Trata-se da segunda aventura da série do personagem
protagonista apresentado aos leitores no “Dobrão do Velho Amâncio”, ambientada
onze anos depois do primeiro livro. As viagens fantásticas de Donoso Bueno
podem ser incluídas nas grandes façanhas que misturam a ficção com eventos
históricos – uma maneira lúdica de apender sobre o passado, através do
entretenimento. Há muito tempo não se via um livro nos moldes de uma Odisseia
como este em suas mãos.
A
leitura da série de aventuras de Donoso Bueno é como assistir aos filmes das
antigas matinês que inspiraram os jovens de várias gerações. Esta é uma
homenagem às incríveis façanhas da literatura e do cinema.
Orelha:
Depois
de apresentar aos leitores o mais novo herói brasileiro em “O Dobrão do Velho
Amâncio”, Donoso Bueno, filho de duas pátrias, como seu criador, pensei que a
aventura pelos interiores do Brasil poderia ter uma continuação com um enredo
parecido, mas desta vez no velho mundo. A Espanha durante a guerra civil
cativou-me. O livro é uma homenagem aos idealistas que deixaram o conforto de
casa para lutar por seus ideais na revolução mais apaixonante da História.
Como
é de praxe, Donoso e seus amigos partem rumo ao desconhecido nesta jornada que
também envolve o sobrenatural. A misteriosa Dama de Elche até hoje causa
curiosidade à arqueologia mundial; um busto encontrado em Alicante no final do
século XIX que tinha um orifício para se guardar algum objeto, do qual até hoje
os cientistas não sabem qual.
Não
são apenas nossos amigos os interessados. Perigosos nazistas procuram um reino
místico dos iberos que poderia lhes dar poderes para dominar o mundo. Somente o
grupo de exploradores brasileiros poderá detê-los!
Acompanhe esta segunda aventura de nosso herói, onde mantenho meu estilo de escrita, fazendo você aprender História com o texto romanceado da ficção.
3 - Donoso Bueno e o Segredo dos Caraíbas
Sinopse da capa:
O
que faz Donoso Bueno em plena cidade maravilhosa, abençoada pelo Cristo
Redentor de braços abertos, durante a década de 1950? O diário do explorador
austríaco conhecido como “Chovenágua” está em disputa pelo nosso herói e perigosos
espiões soviéticos da KGB, nele, os passos para desvendar o segredo dos
Caraíbas, quem resolver o mistério talvez controle o passado, mas será que o
futuro também? Acompanhe nosso herói na aventura que encerra a trilogia de
livros que começou com “O Dobrão do Velho Amâncio”, revivendo alguns
personagens da primeira trama, e novos aventureiros como Zinho, o filho de
Donoso! Veja como o destemido veterano de revoluções se sai como pai,
cauteloso, diante dos perigos para proteger a sua família. Seguindo a tradição
da série, aprenda História de uma forma lúdica e adentre ao universo da
fantasia que constrói nossa imaginação, nos colocando na posição de
protagonista junto com quem a escreve.
A
leitura da série de aventuras de Donoso Bueno é como assistir aos filmes das
antigas matinês que inspiraram os jovens de várias gerações. Esta é uma
homenagem às incríveis façanhas da literatura e do cinema.
Orelha:
Este
é o último livro, fechando a trilogia de aventuras do novo herói brasileiro
Donoso Bueno. Após receber um telegrama oficial do serviço secreto do governo,
o ex-combatente do levante tenentista é enviado ao Rio de Janeiro da década de
1950 em busca do diário de um explorador austríaco que em terras nacionais
procurava desvendar o mistério dos anagramas da Pedra da Gávea, segundo ele,
poderiam ser fenícios. Refazendo os passos do famoso Coronel Fawcett,
acompanhado do velho marujo Boaventura, seu fiel amigo, e seu filho, Zinho,
Donoso vive os maiores perigos no coração da floresta amazônica para tentar chegar
ao mar do Caribe e desvendar um segredo que os guerreiros caraíbas guardam por
milênios. Fiel ao estilo dos demais livros da série, a história mescla eventos
reais com a ficção, uma forma lúdica de se aprender sobre o passado, e em
específico neste episódio, um pouco de distopia futurista também, relembrando
as grandes façanhas da literatura e do cinema de ficção científica. O livro é
independente dos anteriores, embora faça menção às aventuras prévias, é uma
sequência que não exige a leitura dos outros, mas recomendo que o leitor
adentre ao universo de Donoso Bueno, que começou com o célebre “O Dobrão do
Velho Amâncio”, para compreender sobre as entranhas de nossa cultura.
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